Resenha: O conto de Aia - Margaret Atwood

novembro 30, 2020



Imagine uma realidade onde você mulher, não pode ler a menos que queira perder um dedo, não pode escrever, a menos que queira perder uma mão e o máximo de trabalho será bordar e cuidar do jardim, se você for bem nascida, ou casada. Da uma certa gastura né? Parece coisa de viagem no tempo, porém no Conto de Aia esta mais para viagem ao futuro. 

Para quem não conhece o universo da distopia que inspirou a renomada série de streaming The Handmaid's Tale, a história se passa em uma linha do tempo fictícia  mais ou menos nos anos 80, na república de Gilead, localizada nos Estados Unidos, após um golpe em que o presidente e o congresso foram assassinados. 

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Nesse golpe todos os direitos das mulheres como trabalhar, propriedade privada e até mesmo ler foram retirados e elas passaram a ser divididas entre esposas (Casadas com homens do alto escalão), econoesposas (casadas com homens de cargos mais baixos), marthas, aias (barrigas de aluguel compulsórias) e não mulheres. 

O estopim que origina esse golpe é uma crise na fertilidade feminina somadas a defesa do aborto e controles de natalidade. Segundo essa nova republica a crise de fertilidade era um castigo divino, por conta dos comportamentos frívolos da humanidade e algo precisava ser feito. Por isso pensaram em um esquema brilhante, as Aias, barrigas de aluguel compulsórias para famílias de alto escalão, porém fertilização artificial também era pecado, então para ela engravidar rolava toda uma cerimônia para consumar o ato entre os pais e a Aia.

A história é contata através de fluxos de pensamentos de Offred (Of Fred = Do Fred) uma aia, de um comandante importante desse novo regime, os fluxos de pensamento começam ainda nos tempos "normais" até o seu dia a dia em Gilead sem direitos e objetivos.

Comparando o livro com a série achei o livro mais "pesado" acho que estar dentro da cabeça da personagem faz o senso de empatia ficar mais forte. 

A leitura em fluxo de pensamentos dificultou eu me apegar a história no começo, mas lá pela página 100 eu consegui pegar o jeito e ai o enredo fluiu, inclusive AMEI o final, mesmo já tendo assistido todas as temporadas já lançadas fiquei surpresa! 

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Diferenças do livro e da série: CONTÉM SPOLIERS 

Eu amo saber diferenças entre as adaptações, então se você é do meu time continue lendo, se você não for leia o livro e me conta o que você achou! <3 

Diferença 1: Serena Joy e o comandante são bem mais velhos do que Offred. Serena era famosa na época em que Offred era criança, ela lembrava dos discursos fanáticos dela na televisão. Eu acredito que faz muito mais sentido eles serem mais velhos e não entendi o porque mudaram isso na série. 
Bônus: O nome de Serena na verdade era Pam, Serena Joy era um nome artístico.

Diferença 2: Moira além de chegar depois de Offred no centro vermelho escapa sem ajuda, além disso no primeiro volume fica claro que até onde sabemos ela não escapou da casa de Jesebel, o que pode mudar em os testamentos. 

Diferença 3: Offred não gosta de Janine e pelo que eu entendi ela possui 2 olhos até o final do livro. 

Diferença 4: Não sabemos o verdadeiro nome de Offred, na série sabemos que ela se chama June. 

A descrição dos personagens também é bem diferente do elenco escolhido, porém eu amei tanto o elenco que não consegui deixar de ser influenciada pela adaptação neste ponto. 

E você já viu o livro ou viu a série? O que achou? 
Se tiver alguma diferença que eu deixei passar me conta nos comentários! 
Espero que tenham gostado, em breve volto para falar sobre Os testamentos. 

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